quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Você sabe se adaptar?


Entre as principais características do ser humano, está a adaptação.

Pela nossa capacidade de improviso e raciocínio lógico, encontramos soluções e sobrevivemos, ao contrario dos outros seres vivos que vivem passivamente suas vidas.

Isso, claro, se nos compararmos a outros seres vivos, mas e se nos compararmos a nós mesmos?

Entre todos, alguns vão adiante porque vêem a vida mais levemente, ainda que tenham problemas, encontram soluções, aceitam desafios, não se pressionam tanto e dão às situações um foco mais colorido, leve, passageiro, certos de que tudo se resolve, seja nos esportes, nas empresas, ou na vida.

Os que “se divertem” no que fazem, vão mais longe dos que o fazem com um eterno peso e fardo insuperável.

Quanto menos preparados estamos, mais sofremos as situações que nos chegam e, quanto mais sofremos, menos encontramos as soluções, um círculo vicioso sem fim…

Em seu trabalho não é diferente.

Se você está pronto para enfrentar os problemas, obviamente terá mais chance de sair ileso das intempéries profissionais.

Tente enxergar as situações como momentâneas, que sempre são, assim, nos pressionamos menos, nos abatemos menos e saímos, mais.

Veja um pouco o que nos mostra a história dos negócios.As sociedades evoluíram, pessoas lutaram contra, os “engessados” espernearam, discutiram, se machucaram, em vão, a mudança veio implacavelmente.

Tente então seguir essa maré e não lutar contra ela.

Heráclito acreditava nisso, razão pela qual desenvolveu sua teoria de que “Ninguém pode se banhar no mesmo rio por duas vezes”.

Veja outro exemplo, no fim da escravatura, fazendeiros, indignados, afirmavam, categoricamente, que seria o fim da sociedade civilizada.

Em seus pensamentos, concluíam; como seria possível remunerar trabalhadores e ainda, ter lucros e pagar os custos do negócio?

O tempo mostrou que não só era possível e hoje vemos funcionários, milionários, dentro de empresas bilionárias.

Tudo sempre muda não?

Por que então você não tem isso em mente em seu trabalho?

O tempo traz, recicla, propõe e se aceitarmos, seguimos adiante, senão, seremos sempre ultrapassados.

Vemos outra situação: Os computadores portáteis, por décadas, permitiram que a IBM reinasse como a empresa líder e imbatível no segmento, mas a “Big Blue”, como era conhecida, em um momento, caiu.

Foi ultrapassada mas soube se reinventar.

Hoje, ainda é uma das empresas mais valorizadas do mundo, mas com um novo foco.

E a Olivetti? Deixou suas máquinas de escrever para produzir impressoras…

Quando a Xerox criou a máquina de copiar, editoras anunciaram “É o nosso fim! Quem comprará livros se podem ser copiados?”

E o Google, tão aclamado e tão temido, até quando?

Se uma empresa não seguir uma estratégia vencedora e não souber se adaptar, e se reciclar, até onde vai?

Isso vale para empresas e profissionais.

O que era aceitável e bem recebido antes, hoje, já não o é…

O que é hoje, amanhã já não será…

Ainda, nas mudanças entre negócios e empresas, hoje vemos uma discussão acirrada sobre direitos autorais e seus ganhos.

Gravadoras e artistas lutam para manterem seus ganhos, aliás, uma prática “nova” já que em séculos atrás, quando um autor produzia uma música, o fazia por encomenda de algum rei, ou grande empresário e, por isso, cobrava a música e tinha seu ganho.

Mais “recentemente”, a prática do mercado foi dar um valor “físico” às produções.

Através dos Lps, K7s, Cds, Dvds, as músicas se vendiam, hoje, esse sistema está se abalando com a internet e, agora, qual a solução?

Que novo sistema será criado?

Como serão os ganhos de artistas e produtores?

Certamente esse mercado não terminará e sim, será reciclado.

Nos adaptamos, transformamos leis, criamos alternativas e práticas para as novas tecnologias, é a lei da vida, desde sempre.

O fato de você achar que algo ainda não é o ideal, não significa que seja inaceitável, e sim, que apenas, ainda, faltaram o conhecimento e a experiência para saber dar as devidas soluções a determinadas situações.

Enfim, se somos seres adaptáveis, levemos então tal afirmação para todas as nossas práticas.

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