quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Crise de Identidade Empresarial



Uma prática corriqueira entre empresas iniciantes é imitar empresas maiores, mais estruturadas e bem sucedidas.

Quando não existe uma aparência ainda definida é normal que o empresário tenha um modelo para idealizar o seu negócio, até ai é aceitável e muito natural, o problema é quando o iniciante acredita que será o grande.

Aparências parecidas, incentivos aos funcionários nos moldes do “imitado” e produtos muito similares farão com que uma empresa iniciante jamais seja grande, não vá além, nunca, de uma tímida sombra do que pretende imitar.

Pela inexperiência em saber como criar uma identidade própria, muitos cometem o mesmo pecado e acabam se baseando em um que teve uma experiência bem sucedida e vitoriosa, mas esquecem que nada é igual, nem se repete.

O filósofo Heráclito dizia que “Ninguém pode se banhar no mesmo rio por duas vezes”.

Assim, também, são as empresas ou sua carreira.

A empresa modelo não teve exatamente os mesmos recursos de investimentos, não iniciou no mesmo ano, com a mesma economia e mercado, não atingiu os mesmos consumidores, com o mesmo poder aquisitivo, fornecedores e suas negociações. Todos esses fatores e muitos outros mais, serão determinantes para construir uma estrada individual.

Muitas vezes, o que é bem sucedido para um não é para o outro e o contrário também é verdadeiro, muitas vezes o erro de um é o acerto do outro.

Assim, formar uma identidade própria é a base para um crescimento saudável, ímpar e vitorioso, claro que com bases sólidas e conceitos bem sucedidos, tendo em vista que práticas dos outros são meios para refletirmos, mas jamais, colheremos os mesmos, exatos, resultados.

Outro aspecto importante é quando uma empresa já criada e em funcionamento, sem ter formado, ainda, a sua individualidade, passa a ficar de olho nos concorrentes bem sucedidos para colher os mesmo resultados e, inevitavelmente, se frustrarão.

Nos anos 60, um empresário americano veio ao Brasil para conhecer como funcionavam os grandes hipermercados, uma novidade até então.

A primeira loja a criar esse conceito no Brasil foi o Carrefour, inovando e sendo alvo de curiosidade e admiração porque o que se conhecia na época eram supermercados pequenos e muito limitados.

O tal empresário americano ao entrar nas hiper-lojas, ficou maravilhado e passou horas fazendo anotações de tudo o que via, tanto que foi necessário dar explicações aos seguranças sobre o que fazia por ali.

Esse é um exemplo que mostra que nos basearmos em conceitos vitoriosos, inovadores ou não, pode ser uma boa alternativa se bem aplicada, adaptando-se a sua realidade e cultura.

O empresário americano voltou cheio de idéias, posteriormente construiu seus hipermercados e soube criar seu próprio conceito, adaptado a sua realidade e seus consumidores, sem imitações e sim observações.

Quando for criar a sua empresa, ou se você ainda não definiu um estilo próprio, pense nos seus objetivos, com que consumidor quer trabalhar, quem são seus funcionários e crie o seu estilo próprio, único, intransferível, inimitável, para que quando pensem no seu produto não tenham alternativa a não ser você.

Quanto ao empresário americano, tudo o que eu disse realmente aconteceu, ele já morreu e sua empresa hoje é administrada pela sua família. Conseguiram construir uma marca sólida e invejável, sendo nada menos que a maior empresa do mundo no setor, estou falando sobre o Wal Mart.

http://www.reflexoescorporativas.wordpress.com/

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