Liderar uma equipe é muito mais que um processo gerencial, tem um desafio da metodologia individual, escolher formas e caminhos adaptáveis ao seu time e à sua maneira de gerir.
Para compor um modelo adequado por que não iniciar por uma lista de situações, ambiente, pessoas. Imagine que seu time é uma orquestra e você o maestro. Que música você irá conduzir? Você possui todos os músicos necessários? Você também precisa de um coro? Todos possuem a partitura adequada para os instrumentos que tocam?
Quando assumimos uma posição de líder nem sempre temos o tempo adequado ou acertamos o compasso de uma análise prévia. Esta análise é que dará o ritmo a sua maestria, sua partitura completa.
O desempenho de um time no fundo está ligado ao relacionamento humano. Por quê? Porque toda forma de gestão de equipes; e aí agrupamos informação, comunicação, colaboração, conscientização, maturidade, comprometimento, responsabilidade, etc., nasce de como o ser humano se relaciona com os outros e consigo.
Você já se colocou no lugar do "liderado"? Se sim, espero que você tenha tido uma ótima experiência e reparado erros. Se não, faça agora! Defina metas para você mesmo e lidere seus resultados como faria com um colega. Cobre-se, se avalie. Você se sente confortável com seu comportamento? Ótimo! Você obteve sua primeira visão externa de uma situação.
Agora olhe para sua equipe e responda às seguintes perguntas:
1. A equipe está mais tempo que você na empresa?
2. Você está formando uma equipe "do zero" ou ela já existia?
3. Existe alguém na equipe que tinha a mesma oportunidade de liderar que você e não lhe foi concedida a função?
4. Sua equipe é só de mulheres, homens ou mista?
5. Qual a faixa etária?
6. Qual o grau de instrução?
7. Como é a vida dessas pessoas? Moram com familiares, são casadas, solteiras, ainda estudam ou desejam continuar os estudos, possuem dependentes, quais seus hobbies?
Respondidas estas perguntas, mesmo que superficialmente, reúna todas as pessoas e passe suas expectativas como responsável pelo time e escute o que eles esperam de você. Procure estimular os mais tímidos, e não reprima tanto os mais expressivos. Se não conseguir o retorno esperado depois de um tempo, tenha uma conversa informal com cada um. Ressalte sempre que seu resultado depende do resultado deles e que para isso você estará presente para ajudá-los no que for necessário, que você está lá para alavancar o processo e não "travar".
Agora que você já conhece melhor seus músicos e sabe o que eles anseiam e vice-versa, CRIE sua metodologia! Reúna o melhor dos melhores autores e líderes e CRIE a sua realidade. Avalie os comportamentos pessoais e levante as capacidades técnicas/profissionais de cada um. Solicite ao departamento de RH os currículos das pessoas e depois compare com os resultados e crescimentos individuais. Se não tiver como resgatar seus currículos procure seus profissionais, mostre interesse em saber suas conquistas e lições aprendidas. Utilize o processo corporativo de feedback para motivar as pessoas a superarem seus desafios e limites, jamais para fazê-los se sentirem menores. Cultive a cidadania corporativa.
Não desanime se na equipe existirem profissionais desmotivados e insatisfeitos natos, que não fazem a menor questão de alterar seu comportamento. Perceba se eles são um ponto de equilíbrio em uma equipe ou o seu ponto de desequilíbrio. A empresa é a primeira responsável em delinear um comportamento satisfatório. Se esse comportamento está insatisfatório, lembre-se que antes de culpar a capacidade do colaborador é preciso uma auto-avaliação da empresa e do líder, que devem se perguntar se o ambiente e os relacionamentos cultivados são de fato qualitativos, quantitativos ou ambos.
A transparência e a verdade são importantíssimas na comunicação, ao delegar tarefas, ao definir funções, seja a qualquer momento, sempre respeitando a filosofia e a cultura da empresa mantendo valores éticos e morais.
Em posse dessas informações e com base nos perfis dos profissionais, você tem como estabelecer seu método de conduta, se ela deve ser mais severa, mais solta, experimente.
Um bom líder assiste ao seu desempenho como um membro da equipe, tarefa difícil pois, você se coloca em uma visão externa o tempo todo, e isso requer muito da sua imparcialidade e do seu profissionalismo para decidir.
Um bom líder utiliza o bom-senso e constantemente repensa sua percepção do certo e do errado. Você pode impor respeito sem precisar ser distante e as pessoas que trabalham com você vão poder escolher entre ter uma conquista estressante ou uma conquista feliz, com garra, espírito de união e crescimento.
Tudo de bom!
Karina Gabriele
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
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