quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Fontes Renováveis - China - 3/7

China














O consumo anual de energia na China atingirá o equivalente a 300 milhões de toneladas de carvão até 2010, o que representará 10% do total de consumo de energia por ano no país. Visto que a matriz energética da China é baseada essencialmente em carvão e também o consumo per capta do país é cerca da metade do brasileiro, a opção chinesa pelas energias renováveis está associada à sua grande demanda e à estratégia do governo de diversificar ao máximo sua matriz energética para evitar colapsos no fornecimento.

Visto que o país conta com ricas fontes renováveis, das quais são incluídos recursos hídricos, eólicos e solar, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma lançou um programa de desenvolvimento da energia renovável a médio e longo prazo, obtendo uma elevação em seu consumo de 8% para 15%. Porém, para isso, o país prevê um investimento de dois trilhões de yuans.

De acordo com o programa, o consumo de energia renovável em 2010 será de aproximadamente o dobro do nível de 2005, o equivalente a 166 milhões de toneladas de carvão, levando a redução da emissão de 3 milhões de toneladas de dióxido de enxofre e mais de 400 milhões de toneladas de dióxido de carbono.


O país contará com hidrelétricas com capacidade instalada de 190 milhões de KW, e projetos de energia eólica com capacidade instalada de 10 milhões de KW. Além disso, está previsto também projetos de bioenergia que atingirão 5,5 milhões de KW, incluindo propostas de energia solar com capacidade de 300 mil KW.

Atualmente, a China possui 16 usinas nucleares em operação, 7 em construções e construirão 54 novas usinas nos próximos 30 anos. Sendo assim, o país produz 2% de sua energia elétrica através de usinas nucleares e pretende chegar a 4% até 2020, com aumento de capacidade previsto em 40 GW.


Para o desenvolvimento da energia renovável, o país irá promover subsídios estimulando o uso de potenciais eólicos e solares. Sendo assim, as finanças e os impostos centrais adotarão as políticas preferenciais através de ajudas específicas, como redução e isenção de impostos. Além disso, o país intensificará a pesquisa científica e a formação educacional. O governo investirá menos de 20% do total e mais de 80% das verbas serão investidas por empresas, as quais produzirão e venderão energias petrolífera, química e elétrica (petróleo, gás natural e carvão).

Entretanto, o desenvolvimento da energia renovável na China enfrenta dificuldades, tais como, a escassez de recursos petrolíferos e de gás natural e a grande quantidade de carvão na produção de energia do país, portanto, fica difícil sustentar seu desenvolvimento e proteger o meio ambiente contando apenas com combustíveis fósseis.

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