segunda-feira, 13 de abril de 2009
Festival de publicidade sente estresse financeiro
Crise derrubou as tradicionais festas feitas por redes mundiais de agências
De São Paulo
A crise econômica global não poupou nem mesmo os que vivem de vender otimismo e incentivar o consumo. A organização do mais importante evento anual para publicitários e homens de marketing - o Festival Internacional Publicidade de Cannes -, viu cair o número de peças este ano e resolveu prorrogar o prazo de inscrições por mais 12 dias. Agora, os participantes têm até 24 de abril para cadastrar suas peças. Na última edição, foram mais de 22 mil peças publicitárias, avaliadas em duas semanas de atividade dos diferentes júris. Este ano, ninguém arrisca prognósticos sobre quantas inscrições serão feitas. A crise já derrubou as tradicionais festas promovidas por redes mundiais de agências, como DDB e Leo Burnett. As palestras e os debates, entretanto, ganharam cunho mais econômico. Está na agenda da programação a presença de CEOs da Procter & Gamble, Kraft, McDonald’s e Google.
No Brasil, esse cenário de cautela não é diferente. Os dez brasileiros que farão parte do júri julgamento compartilham de uma mesma sensação - ainda que menor, o Cannes Lions segue sendo a melhor vitrine para expor a criatividade. "A crise pode até ajudar os jurados em suas tarefas, ao limitar os trabalhos inscritos aos melhores dos melhores" , diz Eco Moliterno, vice-presidente de criação da agência Wunderman e jurado na categoria Cyber, que avalia os trabalhos criados para mídia on-line.
"Será o Festival da qualidade, e não da quantidade" , acrescenta Sophie Schoenburg, redatora da AlmapBBDO, que julgará os anúncios em filmes publicitários, a categoria que deu origem ao Festival, que este ano realiza a sua 56ª edição.
Mesmo que o Festival seja menor, o número de peças que alguns jurados têm de avaliar requer preparo de atleta. Para contornar isso, a empresa organizadora do evento, a inglesa Emap, avisou aos jurados da estreante categoria PR - que vai julgar ações de comunicação corporativa e relações públicas -, que terão de chegar ao evento já tendo visto pelo menos 25% dos trabalhos. "É emocionante participar em um ano de crise, que por si exige esforço excepcional, e ainda estar na estreia do PR Lions" , diz Andrew Greenless, vice-presidente da agência de comunicação CDN.
Fonte: Agência Estado
Diego Matsumoto
Consultor - MidiandoMKT
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