quinta-feira, 23 de abril de 2009

Filosofia nas empresas… por quê?


Olá pessoal, é com prazer que faço a minha estréia aqui no Blog da Midiando!

Sou consultor de empresas e o que escreverei é sempre de acordo com minhas realizações, sendo assim, meus textos serão sobre filosofia nas empresas.

Para muitos, esse pode ser um tema cansativo ou desnecessário, mas eu acredito que o profissional, de qualquer área, vai mais além se for mais profundamente....por isso, dessa vez, escreverei um pouco mais para que possamos refletir sobre as próximas colunas...

Entre tantos textos e reflexões, aos que questionam de que forma a filosofia pode contribuir, positivamente, para a elaboração e a possibilidade de um trabalho e uma vida melhor, quero fazer uma pequena análise.

Ainda que você não perceba a filosofia está, permanentemente, nos rodeando, em todos os momentos.

Como seres pensantes, portanto racionais, refletimos sobre nossas posturas, atitudes, ações, vivendo em reflexão.

Alguns a buscam superficialmente, outros mais profundamente, as suas maneiras, todos filosofam.

Quem nunca questionou sobre os impostos que o país determina que você pague?

O que é liberdade, igualdade… por que, de onde se originaram e são justos os direitos e deveres do cidadão?

Em justiça, o que é culpa e inocência? Diante de que ângulo ou julgamento as penas são justas e até onde imparciais?

Quais as melhores formas de governo e, diante do que vivemos, quais os melhores governantes?

A corrupção é uma prática normal e aceitável, ou você a refuta com veemência e por quê? Que reflexos dela respingam em você?

Na medicina vemos uma rápida evolução de resultados, pesquisas, tecnologias. A corrida pelo mapeamento genético é benéfica?

Quais os limites das curas?

Temas como clonagem, células tronco são ou deixam de ser éticos?

E o que é ética? Para que fim nos serve?

Encontrar soluções para a extensão e melhoria da vida interferem em uma questão metafísica? Quando o homem ultrapassa o seu papel e busca “ser deus”?

E o que é Deus, ele existe? Se existe, de que forma?

A filosofia não tem limite, nós temos.

Da justiça à medicina e ciência, religião, arte, política e em todas as profissões e contextos ela se apresenta de variadas formas e tons.

Nossos questionamentos vão além do simples sentido etimológico, para isso, dicionários responderiam nossas dúvidas.

Buscamos sentidos aparentes e escondidos, o que vai além, suas aplicações, definições físicas e metafísicas.

Responder perguntas, das superficiais às mais complexas, promover o nosso bom entendimento das principais práticas, conceitos e explicações, com base em experimentações, sensações, percepções, emoções e razões, é o papel fundamental do pensar, sendo, inclusive, o próprio pensar, amplo material de profunda análise.

Tudo o que questionamos parte de uma reflexão racional, por esse motivo, a própria racionalidade é motivo de reflexão, entre seus limites seguros, arbitrários, possibilidades e utopias.

Podemos, realmente, saber as respostas para todos os temas?

Respostas parciais ou completas? Permanentes ou temporárias?

É possível, ainda, saber o que podemos saber?

Existe isenção na busca do conhecimento, com liberdade e sem interferências emocionais e sensoriais?

Nossas respostas são confiáveis e absolutas?

Quando questionamos, “Será que há razão em tal argumento?”, queremos, com esse pergunta, encontrar a verdade de tal afirmação. A palavra “razão”, que vem de racional, nos mostra que buscamos as verdades segundo nossa consciência, empiricamente.

Trazendo a filosofia para a prática do dia a dia das empresas, entre tantos questionamentos, pensamos em alguns como:

O que é uma empresa?

O seu objetivo é realmente ter lucro?

Já que o lucro é o benefício direto que o negócio gera em sua realização, que malefícios poderia causar quando outras questões estão envolvidas?

Na análise do “organismo empresarial”, destacamos funcionários, fornecedores, colaboradores. Nesse aspecto, como será o relacionamento que sua empresa estabelecerá com eles?

De que forma eles também poderão se beneficiar de sua lucratividade?

Quais os limites que você deverá impor ao seu próprio negócio quando este interferir negativamente na vida de pessoas?, direta ou indiretamente…
Você agirá na informalidade ou realizará todos os trâmites para que sua empresa se enquadre na lei de seu país, por quê?

Você quer crescer, até quando, quanto e para quê?

Quais estratégias adotará para ir adiante em seu mercado?, de que forma vencerá os concorrentes?, há limites para o seu sucesso?, há limites para prejudicar um concorrente?

Em um mundo onde milhares de informações nos chegam mastigadas todos os dias, a promoção do pensar talvez não te soe tão atrativa, mas esteja certo que te proporcionará resultados mais eficientes em todas as áreas que aplicar seu conhecimento.
Dentro das empresas e carreiras, com a finalidade de promover questionamentos e por conseqüência, gerar soluções, a filosofia será sempre um fator de vantagem competitiva para os que a aplicam.

Através de respostas mais prudentes e coerentes, em todas as situações, você tem no conhecer a possibilidade para viver de forma mais consciente, exercendo práticas que se relacionam a vida, em seu próprio trabalho.

Aplicar a filosofia no teu dia a dia não te oferecerá conhecimentos inquestionáveis, saberes ilimitados ou verdades absolutas, mas será um novo mundo com novas cores, tons, iluminações, texturas e formas, partindo do princípio que saber buscar as respostas, elaborando melhor as perguntas, já é uma grande vantagem.

Encontrar sentidos, antes ocultos e aplicar em suas práticas, profissional ou existencial será sua porta de entrada para ser um profissional mais completo, preparado, consciente e, como conseqüência, com mais ganhos.
Reflexões Corporativas :

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