quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Até onde você enxerga?


Somos, entre todos os seres, o mais complexo.

Nossa estrutura cerebral nos permite ir mais além do que qualquer ser vivo já foi.

Não somos os mais fortes, nem os que mais correm.

Estamos longe de sermos os mais resistentes e não conseguimos voar, mas nosso cérebro nos faz ir além.

Ainda que não tenhamos a visão de uma águia, podemos enxergar muito longe.

Por que muitos não a usam?

Nunca recebemos tantas informações quanto as que recebemos neste século.

Somos bombardeados por letras, explicações, argumentações, estudos, fórmulas…

Rádio, jornais, revistas, televisões, internet e pessoas aos milhares informando, noticiando, argumentando.

Algumas vão além e criam pensamentos, outras recebem tais pensamentos, refletem, armazenam…outras, por fim, recebem, aceitam e cumprem.

Assim nascem religiões fanáticas, teorias absurdas são aceitas e não questionadas.

Livros de auto-ajuda vendem aos milhares por consumidores sedentos de fórmulas mágicas, quanto mais simplistas, melhor, menos precisamos pensar, menos precisamos questionar, mais em fila seguimos sem olhar para os lados…

Quem é você? Qual dos tipos você é?

Em, Platão e o Executivo da Caverna escrevi sobre isso, você leu?

A boa filosofia tem justamente essa proposta…. oferecer a reflexão e convidar a você ter sua própria, individual e pensada conclusão. Para Sócrates, todos têm esse potencial e basta não se “acovardar” intelectualmente, buscando respostas e seguindo o seu próprio fluxo e não o que é imposto.

Um ótimo exemplo é o que você vê desenhado como a foto do Post.

Galileu Galilei, há 400 anos atrás, direcionou seu telescópio para o céu e mudou o rumo da terra.

Astrônomo italiano, professor de matemática, após muita observação, cálculo e coragem, remou contra a maré e a crença de que o nosso planeta é o centro da galáxia, desenvolvendo a teste de que a Terra gira em torno do Sol.

A descoberta causou calafrios à igreja que recebeu tal tese como uma heresia, mudando a trilha dos pensamentos científicos da época e, claro, por conseqüência, de nossa história.

Ele inventou o telescópio, já que aperfeiçoou o instrumento construído na Holanda e o tornou muito mais potente, ou seja, ajudou a ciência em vários ângulos, na criação de seu instrumento e na conclusão que chegou.

É considerado o elo entre o passado e a ciência moderna e provou que mais que observar, era necessário raciocinar para que se chegasse a uma determinada conclusão, amparada pela comprovação.

Voltando ao nosso tempo e realidade, e você, como atua profissionalmente?

É o ator principal ou um coadjuvante em sua empresa?

Tem a lucidez necessária para saber quando deve se adaptar a maré, aproveitando as brechas quando necessita remar contra?

Acreditar no que todos acreditam não é pensar e sim, seguir… seguir é valido, quando antes refletido, senão é frágil, é pequeno, é pouco.

Observe as atitudes de sua empresa, veja para que rumo está indo.

Reflita se ela está se movendo em uma direção produtiva ou dá voltas em círculos.

Após observar, raciocine, pense e tenha a conclusão do que mais pode ser oferecido, onde mais se pode chegar, culminando na comprovação de sua tese.

Um pensamento sem execução é frágil e não passa disso, aproveite para ir além, ainda que contra a maré, amparado por lucidez e perspicácia, veja a sua empresa por vários ângulos, busque novos mercados, tente enxergar o espaço e a distância e se não tiver instrumentos para isso, crie, aperfeiçoe.

As vezes, bastam poucos segundos de observação para que conclusões brilhantes possam mudar o curso de sua empresa e de seu trabalho, pense nisso.

www.reflexoescorporativas.wordpress.com

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