terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Neurônios-espelho. Essencial na aplicação do NeuroMarketing.


Quando comecei a me interessar por NeuroMarketing e ler sobre o assunto, um dos tópicos que mais me chamaram a atenção foi os neurônios-espelho.

Os neurônios-espelho nos fazem imitar mutuamente os comportamentos de consumo dos outros, como explica Martin Lindstrom, no seu livro A Lógica do Consumo.

Isso ocorre quando as primeiras pessoas começaram a usar o Ipod e seus fones brancos, e aquilo virou uma febre primeiro em Nova Iorque, depois no resto do mundo, quando Steve Jobs, verificou esse comportamento nas ruas ele comentou: “Aconteceu”.

Ocorre que algumas empresas infelizmente acabam derrapando e na hora de executar uma campanha ela acaba dando uma reviravolta negativa de 360º.

No livro o Martin, conta um caso da empresa de grife de Milão -Nolita, que resolveu radicalizar na campanha e fez um protesto contra a anorexia entre jovens modelos.

Contratou o renomado fotógrafo Oliviero Toscani e também a modelo francesa Isabelle Caro que pesa 31 quilos, preparou um outdoor com a frase “Não. Anorexia”.

Você acha uma campanha louvável como eu, não acha? Ocorre que as conseqüências foram péssimas.

As mulheres anoréxicas ficaram desesperadas, para imitar e emagrecer ainda mais, pois queria ser como a modelo e ficarem famosas. Os neurônios-espelhos começaram a perturbar essas mulheres para que emagreçam mais, que a imagem daquela modelo era o melhor que poderia acontecer.

O Presidente da Associação Italiana para o Estudo da Anorexia, também foi nessa corrente e detectou rapidamente esse comportamento. A campanha foi retirada do ar bem rápido.

Portanto, nunca se esqueçam dos neurônios-espelhos quando forem planejar uma campanha. Eles definem sucesso e fracasso em um estalar de dedos.

Abraço: @reinaldocirilo.



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